
Lampejo
São essas marcas em meus olhos
Que denunciam todas as lágrimas
Já derramadas em silêncio.
São essas marcas em minhas mãos que denunciam
O fervilhar dos dias passados.
São essas marcas em meus olhos
Que denunciam todas as lágrimas
Já derramadas em silêncio.
São essas marcas em minhas mãos que denunciam
O fervilhar dos dias passados.
São essas marcas em meus olhos
Que denunciam todas as lágrimas
Já derramadas em silêncio.
São essas marcas em minhas mãos que denunciam
O fervilhar dos dias passados.
O tempo é uma fênix voando ao alvorecer. E os pequenos raios matutinos são a nossa história, no horizonte do destino, bailando nas águas do destino.
Minha alma pulsa em lapsos
De um fervilhar sem fim.
Rios correrão em mim
Até que, novamente, toque teus lábios.
Por que estas lágrimas
Insistem em verter de meus olhos
Se o sol ainda brilha?
Decidi libertar-me do ódio,
Da raiva enraizada
E de tudo o que me envenena.
Decidi ouvir os pássaros cantarem,
Rir nas madrugadas,
Desprender da alma tudo o que me faz mal
No mistério do sem-fim
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
O céu das opacas sombras abafado,
Tornando mais medonha a noite feia,
Mugindo sobre as rochas, que salteia,
O mar em crespos montes levantado;
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas
Vivemos e sonhamos. Quiçá, mais sonhamos que vivemos. Somos influenciados pela nossa realidade, ao passo que também a influenciamos. E por que não ter o fascínio de influenciá-la?
Pela primeira vez em minha vida rezei !
E descobri o quanto andei desacompanhado da fé.
Pensando que o amor era como eu sentia… errei.
E acreditando estar certo… perdi .
Felicidade !!
Eu comecei uma piada
Que fez o mundo inteiro chorar
Mas eu não percebi
Que a piada era sobre mim.
Nascida entre guerras, a arte de Monet nunca se deixou abalar pelos horrores sociais que abalaram o mundo. Em um período de sombras, demonstrou que a luz e sensibilidade podem existir e se expandir para além das telas.
Oh, natureza mãe!
Com não raro fanatismo
Venho relatar teu bucolismo
Floriu e apaixonante.
Entre tuas coloridas borboletas
Clamo-te poesia e amor
No suave perfume de teu lírico clamor
E em tuas renomadas facetas!
Era suave
Como um lírio no campo,Tão vespertino arade
Como o toque de um anjo.
Com complexidade
Banhava-se no mais suave toque da maldade.
O trem apita sem pestanejar da mesma forma que apita meu coração e minha mente entra em revoada. A mesma revoada das preás que via sempre que ia ao trabalho: primeiro, à direita, depois à esquerda e por fim, subiam. Mas, para onde subiriam meus pensamentos? Deixo-me levar por essa ideia enquanto seguro minha maleta contra o peito e me recosto na janela. Para onde tudo isso iria? Olho para o relógio de pulso que marca 14:14, deveria eu então me desapegar de tais pensamentos.
Oh, corte meus pensamentos, corte minhas ações, corte meu afago e corte minhas emoções!
Corte tudo isso da minha vida em um único fio.
Mas, corte tudo até a raiz para que novamente recomece, sem mais lamúrias e exceções.
Hoje o céu está vermelho, tão vermelho quanto meus sofridos olhos chorando por coisas inexistentes.
Como escrever, você me diz, uma carta de amor aos loucos? Dir-te-ei que nada me custa, nem a força, nem a astúcia que jamais terei.
Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
Sorris ao ver a ínfima aurora dos tempos. Embalaste em teus sinuosos braços atemporais como se teu desespero padecesse em uma minúscula convulsão de luxúria que te abrasa em laços de vertigem. Galgaste na dor e fizeste das lágrimas teu eterno escudo.
Atormentada por si mesma, teceste
Era encantador. Fascinante e encantador encontrar minuciosamente cada objeto intocado pelas heranças do tempo. A velha escrivaninha. O antigo aparelho televisor. O inestimável e figurativo armário. As nuances do relógio ricocheteavam longamente no interim da majestosa casa. Até mesmo o ar era paralisado na história.
Metodicamente organizada,
Perto de você, meu coração palpita,
A vida entra em descompasso
E nesse jogo que a arte imita,
Entrego-me neste laço.
Meus sentimentos esclareço,
Declaro às flores o meu mal,
Descortino-me e amanheço
Nesta dor tão banal.
Caroline Franciele