
Esplendor alado
Não faz muito tempo, estava atravessando uma esquina e vi um lindo pássaro atravessar o céu. Suas penas eram tão lindas no esplendor de suas asas. Desprendi-me de minha forma e voei com ele e cá estamos nós até hoje.

Não faz muito tempo, estava atravessando uma esquina e vi um lindo pássaro atravessar o céu. Suas penas eram tão lindas no esplendor de suas asas. Desprendi-me de minha forma e voei com ele e cá estamos nós até hoje.

Saudades, palavra triste
Que corrói a alma.
Em plural
Leva ao devaneio
De uma aurora perdida.
Arde em flâmula latejante
Nos umbrais da memória.
Seca. Ressentida.
Atordoada, bordada em pinceladas de nostalgia.

São essas marcas em meus olhos
Que denunciam todas as lágrimas
Já derramadas em silêncio.
São essas marcas em minhas mãos que denunciam
O fervilhar dos dias passados.

O tempo é uma fênix voando ao alvorecer. E os pequenos raios matutinos são a nossa história, no horizonte do destino, bailando nas águas do destino.

Minha alma pulsa em lapsos
De um fervilhar sem fim.
Rios correrão em mim
Até que, novamente, toque teus lábios.

Por que estas lágrimas
Insistem em verter de meus olhos
Se o sol ainda brilha?

se por acaso
a gente se cruzasse
ia ser um caso sério
você ia rir até amanhecer
eu ia ir até acontecer
de dia um improviso
de noite uma farra
a gente ia viver
com garra

Canta teu riso esplêndido sonata,
E há, no teu riso de anjos encantados,
Como que um doce tilintar de prata
E a vibração de mil cristais quebrados.
Bendito o riso assim que se desata
– Citara suave dos apaixonados,
Sonorizando os sonhos já passados,
Cantando sempre em trínula volata!

Para compor um tratado de passarinhos
É preciso por primeiro que haja um rio com árvores
e palmeiras nas margens.
E dentro dos quintais das casas que haja pelo menos
goiabeiras.

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima

Quando ele me toma nos braçosE fala baixinho comigo,Eu vejo a vida em cor-de-rosa. Ele me diz palavras de amor,Palavras do dia a dia,E isso me toca. Ele entrou no meu coraçãoUma parte de felicidadeDa qual eu conheço a razão. Sou eu por ele,E ele por mim, na vida.Ele me

Vivemos e sonhamos. Quiçá, mais sonhamos que vivemos. Somos influenciados pela nossa realidade, ao passo que também a influenciamos. E por que não ter o fascínio de influenciá-la?

Pela primeira vez em minha vida rezei !
E descobri o quanto andei desacompanhado da fé.
Pensando que o amor era como eu sentia… errei.
E acreditando estar certo… perdi .
Felicidade !!

Eu comecei uma piada
Que fez o mundo inteiro chorar
Mas eu não percebi
Que a piada era sobre mim.

Nascida entre guerras, a arte de Monet nunca se deixou abalar pelos horrores sociais que abalaram o mundo. Em um período de sombras, demonstrou que a luz e sensibilidade podem existir e se expandir para além das telas.

O trem apita sem pestanejar da mesma forma que apita meu coração e minha mente entra em revoada. A mesma revoada das preás que via sempre que ia ao trabalho: primeiro, à direita, depois à esquerda e por fim, subiam. Mas, para onde subiriam meus pensamentos? Deixo-me levar por essa ideia enquanto seguro minha maleta contra o peito e me recosto na janela. Para onde tudo isso iria? Olho para o relógio de pulso que marca 14:14, deveria eu então me desapegar de tais pensamentos.

Oh, corte meus pensamentos, corte minhas ações, corte meu afago e corte minhas emoções!
Corte tudo isso da minha vida em um único fio.
Mas, corte tudo até a raiz para que novamente recomece, sem mais lamúrias e exceções.

Hoje o céu está vermelho, tão vermelho quanto meus sofridos olhos chorando por coisas inexistentes.

Os céus de novembro se abrem aos meus olhos,
Como um sonho que se despertou em mim,
Lembrando-me quem eu sou
E tudo aquilo que constituiu isso .
Como a força de um gigante
Que se levanta de um adormecimento
Em mim

Quero chorar toda a poesia
Que arde em meus olhos
Nascida de um sonho distante
E que sobrevive nesta dura realidade de pedra.
Quero sonhar de olhos abertos
Soltar minha mente
Em uma ilusão vivente
Que me desperta todas as manhãs.

Como escrever, você me diz, uma carta de amor aos loucos? Dir-te-ei que nada me custa, nem a força, nem a astúcia que jamais terei.

Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

Sorris ao ver a ínfima aurora dos tempos. Embalaste em teus sinuosos braços atemporais como se teu desespero padecesse em uma minúscula convulsão de luxúria que te abrasa em laços de vertigem. Galgaste na dor e fizeste das lágrimas teu eterno escudo.
Atormentada por si mesma, teceste
Caroline Franciele