Hoje o céu está vermelho, tão vermelho quanto meus sofridos olhos chorando por coisas inexistentes.
O vento sopra frio, mas não tão frio quanto meu coração nas noites de inverno, passando sozinho na solidão uivada da aurora.
Escrevo sobre crises inexistentes, tão inexistentes na profundidade de minha mágoa profunda.
Profunda. Os ventos frios cortam meu rosto, uma vez que nada mais corta meu coração. Minha mente se fecha no mais impetuoso tamborim, tão agitado quanto as batidas de meu coração.
Nada mais me traz satisfação. Sua busca é vã e inalcançável, tão sem sentido quanto esta frase mal construída. Mas, tudo passa, é o que minha experiência diz.
O frio, a vermelhidão, os céus e a mágoa.
Tudo o que é tocado por nossa mão é finito e não passa de uma meta ilusão.