Grande ícone da literatura brasileira, o “Bruxo do Cosme Velho” é certamente uma figura marcante, criador de personagens emblemáticos que configuram questionamentos da realidade social. Ricos, pobres, homens, mulheres, crianças, adultos, sãos e tresloucados ( se realmente há alguma diferença entre os últimos), ninguém passava impune da pena machadiana.Todavia, para além da perspicaz compreensão de suas obras e seus arquétipos, é notadamente importante compreender quais escritores fizeram parte da construção de sua escrita e desenvolvimento. Confira abaixo os cinco escritores que influenciaram Joaquim Maria Machado de Assis em sua trajetória e um resumo de suas principais obras.
1. Alexandre Dumas
Romancista e dramaturgo francês do início do século XIX. Neto do marquês Alexandre Antoine Davy de la Pailleterie e Marie-Césette Dumas, mulher que havia sofrido escravização e possivelmente alcançado a liberdade.Dunas consagrou-se com as obras Os três mosqueteiros e O Conde de Monte Cristo, clássico da literatura.
2. William Shakespeare
Poeta e dramaturgo inglês do século XVII. Autor de cerca de 40 peças teatrais, 154 sonetos (poema caracterizado por ter dois quartetos e dois tercetos, respectivamente) e dois poemas narrativos longos. Torna-se quase impossível qual obra de Shakespeare seria a mais conhecida, uma vez que seu nome é um dos mais célebres da literatura mundial de todos os tempos.Porém, destacam-se: Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo e o Mercador de Veneza.
3. Xavier de Maistre
Escritor francês nascido no século XVIII, ficou famoso com seu livro “Viagem ao redor do meu quarto”, com uma visão introspectiva da realidade e experiências pessoais.
4. John Milton
O inglês John Milton, nascido em 1608, foi poeta, polemista, intelectual e funcionário público. Sua obra mais famosa, “Paraíso Perdido”, retrata a trajetória humana após a expulsão do Éden. Poema que foi citado em Frankstein/O prometeu moderno.
5. Arthur Schopenhauer
E não é só de literatura que viverá o homem. Outro autor que despertava a atenção de Machado foi o filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Nascido no século XIX, defendia, entre outras teses, a ideia de que a única coisa que o homem pode conhecer verdadeiramente é o próprio corpo. Um de seus principais trabalhos é “O mundo como vontade e representação “, obra que aborda temas ligados à metafísica (resumidamente, investigação da natureza fundamental da realidade).