Ela chegou 15 minutos mais tarde. Eu, no horário marcado.
Ela apareceu cheia de sonhos, mas com aquele olhar perdido.
Eu, com calma, carregando no peito a força que ela ainda não sabia que teria.
Ela pediu uma coca. Eu, café coado.
Perguntou se ainda tínhamos fé depois do que vivemos. Disse a ela, com um sorriso sincero, que conhecemos o poder de Deus e experienciamos o inimaginável.
Reclamou da pressão do curso de Direito e do peso das expectativas. Eu olhei pra ela, contei que passamos na OAB, estamos abrindo o nosso próprio escritório e que nossa missão val multo além dos tribunals.
Ela me olhou insegura ao confessar o receio de não encontrar alguém que a ame de verdade. Eu segurei sua mão e disse que ele chegou. È leal, parcelro e cuida do nosso coração como ninguém. Ela sorriu aliviada.
Então ela perguntou, com aquela mistura de inocência e esperança se conseguimos fazer a diferença. Eu senti meu coração transbordar e disse que somos um instrumento na vida de mulheres.
Ficamos em silêncio. Um silêncio cheio de orgulho, amor e de tudo o que enfrentamos para chegar até aqui.
Ao se despedir, ela perguntou se a gente ainda sonha. Eu disse a ela que são os sonhos que nos mantém de pé.
Espero que possamos encontrar mais vezes. Ela é o começo de tudo.