Minha alma pulsa em lapsos
De um fervilhar sem fim.
Rios correrão em mim
Até que, novamente, toque teus lábios.
Com os dias nublados correndo,
A melancolia aumenta
E, em minha alma, fomenta
Uma forma em tormento.
Não há luz que ilumine
Os versos do destino.
Canto um fúnebre hino
Até que a noite termine.
Fujo de minha razão,
Como onda em galhardia. Cubro-me de covardia. Perante tão vil evasão.
É o gorgolejo Do meu febril arremate, E, antes que tal desventura me mate, Inebrio-me com tal gracejo.
Como a asa perdida de um serafim, Pulsando no onírico, Ante meu eu-lírico, Que não cabe mais em mim. E tudo isso… por uma caneta!
Uma resposta
Nobre Caroline,
Tua poesia é como um sopro de alma derramado em tinta, tão intensamente bela que pulsa entre os silêncios e os tormentos da existência.
Cada verso é um suspiro de dor e delicadeza, onde a melancolia dança com a inspiração, e o caos interior se transforma em arte viva. É como se teu coração escrevesse com febre e sonho, transbordando em palavras aquilo que não cabe mais no peito.
É mágico perceber que tudo isso nasceu de uma simples caneta… tão poderosa quanto tuas emoções.
Parabéns, és poetisa!
Ricardo