Sorris ao ver a ínfima aurora dos tempos. Embalaste em teus sinuosos braços atemporais como se teu desespero padecesse em uma minúscula convulsão de luxúria que te abrasa em laços de vertigem. Galgaste na dor e fizeste das lágrimas teu eterno escudo.
Atormentada por si mesma, teceste teu tenebroso casulo de desespero e sofrimento como uma frígida mão que acaricia brevemente a testa inerte da razão.
Preferiste a penumbra, tão sórdida e aconchegante, que te vela em sombrias noites poéticas em que não há luar, somente o silêncio tempestuoso de seus passos bailando na ópera de seus estranhos ares.
Todavia, alegraste-te nesta solidão inexistente que apenas se torna real em tua mente. Outrora chora na amargura inglesa dos castelos tecidos em favos de mel. Desliza seus leves passos no deslizante solo da imaginação ao qual somente têm acesso aqueles que enxergam a beleza da complexidade.
É tão belo, encantador e fascinante quando a matéria galática toca a juventude da alma e faz borbulhar a faísca etérea ave da inspiração.
Tudo flui tão calmamente quanto o torrencial de palavras preenche em garranchos as brancas páginas da velha Moleskine. Como o balançar das árvores em campesina natureza italiana. Brincando entre as inexistentes plantações de café.
É tão doce e engraçado brincar com o florescer das palavras, ou, se ouso dizer, deixar que as palavras brinquem e brindem comigo até o entardecer, indo ao encontro da belíssima, pomposa e ilustre pequena estrela galática.
Respostas de 2
Belas palavras 👏👏👏👏
Lindo