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Mas

Queria soltar meus cabelos,
Em uma noite de luar sem fim.
Mas, enquanto estão em elos,
Contento-me eu com este ínterim.

Queria tirar meus sapatos,
Na avenida, sem pudor.
Mas, enquanto pisamos em gatos,
Terei que me contentar com esta dor.

Queria gritar aos ventos
Todo o meu amor.
Mas, enquanto me especulam com olhares atentos,
Deixarei- me consumir neste ardor.

Queria rir feito uma louca
Toda a minha raiva e furor.
Mas, enquanto a censura me rouca,
Terei que simular falso esplendor.

Queria eu poder querer
Meus fiéis desejos, ascender,
Mas, enquanto não podemos
Contento-me eu em “mas” rimamos.

Caroline Franciele

Caroline Franciele é uma alma apaixonada que transforma emoções em versos. Inspirada pelo amor, pela natureza e pelos mistérios da alma humana, suas palavras dançam entre a melancolia e a esperança. Com um estilo envolvente e sensível, ela escreve sobre encontros e despedidas, sonhos e saudades, capturando a essência do romantismo em cada estrofe. Seus poemas são um convite para sentir profundamente, reviver memórias e se perder na beleza das palavras. ✨📖💖

Respostas de 13

    1. Boa noite, cara Inês. Fico tremendamente lisonjeada pelas palavras. Muito obrigada pela visita e pela leitura. Grandes abraços!

      1. Que lindo poema! Mesmo com tanto, “mas” ainda bem que podemos deixar registrados nosso ilimitados pensamentos e sonhos.

  1. O contexto traduz o desejo da vida despojada
    das amarras de preconceitos vãos. Maravilha pura,
    Caroline.
    Meu carinho e meus aplausos.

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